Deputada Cristina Silvestri palestra em sessão solene

A Sessão Solene do Dia Internacional da Mulher, realizada nesta terça-feira (08/03) pela Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, foi aberta com palestra em transmissão ao vivo da deputada estadual paranaense Cristina Silvestri (Cidadania).

“É uma grande satisfação estar aqui, nessa data tão importante para as mulheres, participando desse evento da Câmara de Ribas do Rio Pardo. Hoje é um dia de reflexão. Uma reflexão de tudo o que as mulheres já conquistaram até aqui, mas também uma reflexão dos desafios diários para as mulheres, de o quanto nós ainda precisamos caminhar e conquistar”, disse a parlamentar, que é procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa do Paraná.

Cristina Silvestri falou sobre a “Participação das mulheres na política: o caminho para a efetivação da democracia”. A deputada explicou o funcionamento da Procuradoria da Mulher no Paraná a fim de enriquecer o Legislativo de Ribas do Rio Pardo de informações para a construção de políticas públicas em prol das mulheres.

“A Procuradoria precisa estar integrada com órgãos como o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Defensoria e a OAB, que veem os problemas de frente e passam a demanda para que nós, do Legislativo, possamos criar as leis e desenvolver as políticas públicas. No Paraná, a Procuradoria pode receber denúncias de violência doméstica ou sexual e encaminhar para os órgãos competentes, fazendo um acompanhamento dos casos e fiscalizando as medidas tomadas”, explicou Cristina.

Confira alguns dos principais trechos da palestra da deputada:

Protocolo Integrado

“Assim que assumi a Procuradoria, questionei uma desembargadora sobre a demora para se conceder as medidas protetivas às mulheres vítimas de violência. Ela me respondeu que os processos eram muito falhos, sem informações suficientes. Foi então que lançamos o Protocolo Integrado, que é o raio-x da vítima e do agressor. Um panorama completo, inédito no Brasil, que dá embasamento para a Justiça e demais órgãos competentes checarem diversas informações precisas e estatísticas”.

Delegacia Digital

“Quando começou a pandemia, percebemos que o Paraná teve a diminuição de 15% nos boletins de ocorrência. Isso nos acendeu uma luz amarela. Afinal, se a mulher está convivendo na mesma casa 24h com o agressor e diminuíram os boletins, é porque ela não pode sair de casa e não tem como fazer a denúncia. Foi quando solicitamos à Secretaria de Justiça que incluísse na Delegacia Digital o Boletim de Ocorrência da Violência Doméstica. Fomos atendidas e já no primeiro mês foram feitas 500 denúncias”.

Agressores

“Outra ação importantíssima que conseguimos implantar foram as diretrizes para a reeducação dos agressores. Em geral, se trabalha apenas com a vítima, sendo que a própria mulher acaba pedindo para retirar a denúncia contra o companheiro, que muitas vezes é alguém que acredita ter o domínio sobre a mulher por ter ouvido que na época do pai e do avô era assim. Conseguimos uma equipe multidisciplinar com advogados e psicólogos para orientarem esses agressores e a diminuição na reincidência foi fantástica”.

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